segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Islã a religião dos Muçulmanos:

O Islã a religião dos Muçulmanos:

Na realidade o Islamismo governa cinqüenta países, e congrega 1,2 bilhões de adeptos, e isto representa um quinto da população mundial, segundo o Jornalista Jaime Klintowitz.

Esta introdução é para falar que lendo uma das revistas semanais de circulação nacional, me deparei com uma matéria feita com a iraniana Mina Ahadi, ex–Muçulmana, radicada hoje na Alemanha, em local desconhecido, depois que os aiatolás tomaram o poder, em 1979, tendo sido perseguida pela Guarda Revolucionária, tendo seu marido sido executado e sua cabeça posta a prêmio.

Mina criou o Conselho de Ex-Muçulmanos, entidade de apoio a pessoa que abdicaram da fé islâmica, tendo passado a receber ameaças de morte que obrigaram a viver quase reclusa, em lugar incerto. Sair deixar o islamismo, é comprar uma briga, com os muçulmanos, é um insulto imperdoável, punível com a pena de morte.

A revista conta que Mina renunciou o Islã e é contra o regime ditatório do Irã, e é contra a pena de morte por apedrejamento, foi uma das maiores defensora da iraniana Sakineli Ashtiani, condenada por ter traído e responsável posteriormente pela morte de seu marido. (Tendo sido o assunto da mídia nos últimos dias).

Mina Ahadi – disse que Sakineh Ashtiani em entrevista dada à televisão estatal, pediu para que Mina se afastasse de sua pessoa, pois tinha certeza de seu pecado. Sei, disse Mina, que Sakineh estava sob pressão e foi forçada a dizer isso para se salvar. Isso não me incomoda. Também seu filho foi obrigado a declarar diante das câmeras que acredita na culpa de sua mãe. Mas eu penso que Ahmadinejad (o ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad) vai precisar de outra vítima para demonstrar a sua força. Sakineh já está salva. Por quê? Graças à repercussão que o caso alcançou o regime não pode mais executá-la – nem pública nem clandestinamente. O governo já está convencido disso. Apenas - continua Mina Ahadi, busca achar um meio de não sair desmoralizado do episódio.

Mina foi clara quando garantiu que os crimes que mais são punidos com a pena de morte são: Acusação de envolvimentos com drogas. Há duas semanas, um jovem de 23 anos foi morto por portar 50 gramas de heroína. No inicio do mês outro jovem acusado de esfaquear um amigo em outubro do ano passado, recebeu cinqüenta chibatadas. No dia seguinte 5 de janeiro e foi enforcado em praça pública. Isso se passou em Teerã – não numa vila longínqua, mas na capital do país. A TV estatal mostrou-o caminhando para a execução com as mãos amarradas e o olhar muito assustado.

Depois, um repórter entrevistou parentes da vítima e outras pessoas na multidão, perguntando que havia achado do que viram. Em todas as entrevistas que foram ao ar, os entrevistados declararam considerar aquela execução positiva e agradeceram ao presidente pela medida.

Quando perguntaram a Mina Ahadi – se as execuções públicas são freqüentes em Teerã, respondeu: Trata-se claramente,de uma nova tática do regime para infundir o terror na população. As prisões estão lotadas. Há, inclusive, crianças e adolescentes aguardando fazer 18 anos para serem executados. Praticamente todos os dias eu recebo chamadas de condenados me pedindo ajuda. Ontem à noite, minha filha pediu que eu desligasse o celular: “Mãe, vamos ver um filme sossegadas. Vamos ficar pelo menos uma noite sem ouvir más notícias”. Eu desliguei o aparelho, e hoje de manhã havia sete mensagens, uma delas com voz de criança. Ela falava baixo, provavelmente porque não podia falar alto: ”Por favor, por favor, atenda o telefone eu preciso de ajuda”.

Que crime essas crianças e adolescentes cometeram? Alguns são acusados de assassinato, outro de envolvimento com drogas. Mas os julgamentos muitas vezes se baseiam no testemunho de um de uma única pessoa, ou num comportamento que o estado considera criminoso, como o sexo entre dois homens ou duas mulheres. Estou em contato com a família de dois adolescentes presos porque um deles gravou no seu celular cenas de sexo que teve com o outro e as imagens caíram nas mãos da polícia. Foram condenados à morte por apedrejamento. Como acontece muitas vezes, os familiares não querem ajuda.

Foi perguntado se as famílias tinham vergonha que estas noticias viesse a público, Ela respondeu: para não terem sua reputação comprometida. Eles preferem que os jovens fiquem presos.

Foi pedido que Mina descrevesse uma execução por apedrejamento – Ela acontece em geral ao amanhecer. A pessoa condenada tem as mãos amarradas nas costas e é envolta em uma mortalha branca. Fica totalmente embrulhada nesse pano, o rosto também. Então, é colocada de pé num buraco fundo e coberta de terra até o peito, no caso das mulheres, e até a cintura, no caso dos homens. Dependendo da condenação, é o juiz quem atira a primeira pedra. Mas pode ser também uma das testemunhas. Se a vitima é uma mulher sentenciada por adultério, por exemplo, tanto o seu marido quanto a família dele podem lançar as primeiras pedras, A lei diz que elas têm de ser grandes o suficiente para machucar a vítima, mas não para matá-la no primeiro ou no segundo golpe.

O tempo que leva para a consumação do fato, será de 15 minutos a mais de uma hora. Um médico fica no local para, de tempos em tempos, verificar se o apedrejado ainda está vivo. Até o fim dos anos 80, o apedrejamento no Irã era ritual público – assim ordenava a lei. O horário e o local eram noticiados no rádio, nos jornais e na TV. Qualquer um podia comparecer. Mas houve alguns episódios em que as pessoas se manifestaram contra a prática. Num deles, chegaram a atirar contra os mulás presentes. Em 1997, na cidade de Bukan, o apedrejamento de uma mulher acusada de adultério acabou suspenso devido aos protestos e à interferência da multidão. A mulher – seu nome é Zoleykhah Kadkhoda – foi levada ao hospital quase morta, mas sobreviveu e está viva até hoje. Depois disso, as execuções passaram a ser fechadas. Agora, a polícia religiosa é que atira as pedras.

Acrescentou que, mais de 100 pessoas já foram mortas dessa forma pelo estado desde 1979 e outras 27 aguardam na fila.

Eu espero da presidente Dilma, que ela faça o que seu antecessor não fez: que condene a situação dos direitos humanos no Irã e se recuse a manter relações diplomáticas com um regime assassino como o de Ahmadinejad, a quem Lula chamava de “amigo”.

Adaptação: Pr. Júlio


Fonte Revista Veja edição2202 de 2/2/11e Internet.

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